28 de outubro de 2015

Estereótipos !


Já há muito que penso e repenso se falo ou não acerca deste assunto. Ganho coragem, escrevo, volto a reler e apago!
Isto porque tenho uma voz de fundo que me diz para não dar importância.
Há dias que consigo viver muito bem com este tipo de situações e há outros ( como hoje) que não! 

Não sei ao certo arranjar uma palavra que encaixe no meu dia-a-dia. Estereótipo? Preconceito? Racismo?
Sofro-o ou melhor sofremos em todo lado. 

Sim é verdade que não temos a típica aparência de alguém que é Português.
Digam lá se não fomos mesmo, mesmo bonitos ? :D 


Mas... isso não faz nem dá o direito à quem quer que seja de nós tratarem de uma maneira muito diferente das outras pessoas. Infelizmente acontece! Acontece principalmente com pessoas que não nos conhecem, que olham para nós e colocam logo um mega rótulo de sabe-se lá o quê. 

Compreendo muito bem que cada estabelecimento público tenha as suas normas de segurança, mas penso que julgar ou tirar conclusões precipitadas só pela cor, religião, forma de vestir, clubes, região, país ... é muito, muito, muito desconfortável.

No Aeroporto de Lisboa:
Íamos fazer uma viagem de 9 horas. De uma fila extensa na alfândega, de tanta gente eu tive de ser parada e revistada. Não pelo meu comportamento ou linguagem corporal, mas por ser diferente. Como se já não basta-se viver essa humilhação ( senti-me envergonhada pelos olhares que me colocavam ) a senhora agente de autoridade tem a falta de ética de me perguntar de uma forma muito primata : " Fa-la POR-TU-GUÊS? " ..

Na Porches Of Lion do Norteshopping:
Pedi ajuda, pois precisava de um tamanho maior de uma camisola exposta. E deixaram-me ali! Tempo indeterminado á espera, atendendo outras pessoas que mais uma vez diferentes de mim mereciam toda a atenção ( mesmo tendo chegado depois de mim! ) Onde foram bem tratadas, atendidas e correspondidas na hora.
Limitaram-se afazer com que me farta-se de esperar ou pior ainda que me senti-se mal e pudesse abandonar a loja. Mas sempre supervisionado pela senhora da caixa, não fosse eu numa loja semi-vazia roubar meus dúvida de peças e enfia-las na mala. 

Mira Viva - Maia
Ter o segurança do pequeníssimo shopping a seguir-nos desde do momento que entramos , até ao momento em que saímos. 

Imobiliária:
Andávamos á procura da casa, não para comprar mas para alugar. E ouvir de agente de imobiliária perguntar se tínhamos dinheiro para pagar a renda do imóvel. Não, não tínhamos! O nosso novo passatempo é aborrecer agentes de imobiliária e gastar metade do nosso dia a ver casas vazias.

Hospital Privado da Boa Nova
Nunca tivesse eu lá trabalhado ( sei tão bem como funciona ), fui eu de urgência com o dedo anelar completamente aberto e partido. Estar a morrer de dores e logo na recepção encaminharem-me para o hospital público mais próximo. Sem me darem tempo de explicar a minha urgência e prontamente 
perguntarem se sabia que estava num hospital privado ( a sério? Não tinha reparado! ) e se tinha posses para suportar uma mini-cirurgia ( pontos! ).

Acho que ficaria aqui a noite toda a descrever-vos o meu dia-a-dia. Do quanto me magoa todo este estereótipo ainda infelizmente existente. Sobrevivo!
E acho de extrema piada quando nos perguntam de que país somos... somos do mesmo que o vosso, acima de tudo somos humanos! ❤️







3 comentários:

  1. Eu sei o que é isso. ...no teu ..vosso caso...o melhor a fazer é presentear com o teu maravilhoso sorriso

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  2. Engraçado que, não de forma tão grave, já senti o mesmo tipo de descriminação. Sou portuguesa, os meus pais são portugueses (nascidos no alentejo), assim como toda a famila que me recordo ter. No entanto, o meu pai é muito moreno e confesso que tanto eu, como ele, talvez tenhamos uns traços diferentes e claro, o tom de pele. Quantas vezes colegas de escola, quando era miúda, me perguntavam a nacionalidade do meu pai, se era brasileiro, se era indiano... enfim. Cheguei à faculdade e uma vez, umas colegas, já mais velhas e que por acaso nem eram portuguesas, mas sim espanholas, lá me perguntaram "Oh Telma, tu és de onde?" ao que eu respondi com naturalidade, que vivia na margem sul, quando me perguntam de volta "sim, sim, mas nasceste onde não és de cá pois não?" e eu fiquei um bocado aparvalhada e respondi que sim, que era de cá, ao que me disseram "é que és tão diferente, pareces de outro país". Já cheguei a ouvir piropos em que comentavam pensando que eu fosse brasileira e a situação mais caricata mesmo, foi um senhor, provavelmente indiano, vir falar comigo na língua dele, porque pensava que eu o entendia, quando lhe disse que não percebia nada porque era portuguesa, ficou muito admirado. No meu caso, têm sido situações que até têm alguma piada, felizmente nunca me senti discriminada por isso, mas torna-se um bocadinho chato às vezes responder à mesma pergunta e acredito que no seu caso seja ainda mais frustrante... até porque a cor ou nacionalidade de alguém não deve servir como motivo de descriminação...

    Telma
    Fui Eu Que Disse - Blog | Facebook | Instagram

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  3. Não vejo diferença nenhuma.... são morenos? Na minha terra Tavira, no Algarve o que não falta é gente morenassa na minha família eu e a minha mãe somos branquinhas e a minha irmã e pai morenos XD a minha irmã noverão passa bem por molatinha :D o truque é não dar importância, quase sempre que faz essas distinções são as pessoas que na verdade não têm onde cair mortas é levantar a cabeça e seguir em frente mas sei como custa sofria vida toda de descriminaçãao por ser gorda e não foi fácil uma vez numa loja a senhora não conseguiu esconder a sua cara de horror quando lhe disse que era irmã da minha irmã (tipo bucha e estica) eu sai da loja e esperei por ela cá fora, hoje já sou mais magra mas nunca irei comprar lá nada ;)

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